sábado, 6 de agosto de 2011

Sexo (God save the Reich)

raimundo, eu não falo de mulher contigo não
porque tu chupa bucêta
e o cabra que chupa bucêta tem coragem de chupar pica
e o cabra que tem coragem de chupar pica
tem coragem de dar o cú.
(Nem vou dizer quem me disse isso)





Mas aqui vai uma das coisas que decidi aprontar pra me livrar ou conviver bem com o meu abençoado transtorno ou transtorno abeçoado.
Vou descrever nos próximos tópicos a importância da meditação, alimentação, sono, sexo e uma tentativa de estabilização na vida financeira como fatores que contribuem pra eliminação dos que eu nomino de estressores emotivos.
Sexo é o primeiro tópico, não por ser o mais importante, mas porque esse vai passar por muitas e muitas revisões.

Sou um dos raríssimos seres que parecem que não precisam, não dão importância, nem gostam de sexo.
Sempre me declarei sem tabus.
Valorizo um encontro e convivência de forma natural. A transa rola sem combinações, sem encontros marcados... Tudo acontece, e, continua.... talvez.
Nunca dei cantadas em ninguém... Absurdo.
Abomino a "casquinha", a mão boba, o assédio... subterfúgios pra rolar sexo.
Se amigas me chamam pra um acampamento, festa, carnaval ou algo assim... "Pra se libertar", não vou. Sexo feito sob a aura da falsidade... não rola.
Gosto das coisas diretas, quando não são naturais:
— Bora fudê? 
— Bamo!!
Nada mais. Nada de casamentos (uma josta duma desculpa pra se trepar com consentimento de todas as taras e neuras... por isso que esse tipo de vida não presta... unem-se por sexo sem prazer, uma desculpa pra uma fóda, nada mais... após isso vem os filhos e os arrependimentos... como o ser se adapta a tudo: se diz que é feliz e quer convencer os outros a isso)
.... nada de primas, festas, bailes....
Odeio as coisas "por baixo do pano", se é isso que  se quer, por quê não assume?????

É claro que um encontro, sou o mais romântico possível.... mas eu sou do tipo que chamo a mulher pra ver minha coleção de tampinhas em casa e, chego la, mostro mesmo a coleção de tampinhas e nada mais.
Já tive desencontros por causa disso... (pqp, se quer outra coisa, porque raios não me diz???)

Me conservei casto, assexual, se existir esse termo.
Nada de troca-troca ou punheta em grupo...
Li revistas pornôs porque eu vou ler qualquer coisa mesmo.
Óbvio que a atração existe, aprecio e sempre aprecie companhia de mulheres...
Estranho que com o tempo eu não estranhava o porquê de não diferencia nenhuma mulher de outra. Acho todas bonitas, mas é num sentido artístico, é o que chamo de prazer em ter uma companhia, nunca no sentido de desejo sexual.
Mais estranho ainda é que sempre, apesar de me considerar mais feio que a ...., sempre fascinei as mulheres...  Parecia que adivinhava os seus pensamentos... toda as poesias e o que se escreve que ninguém consegue penetrar na alma duma mulher.... tudo lorota, eu penetrava, eu brigava e era verdadeiramente perdoado (montei até uma espécie de tese... mulher perdoa facilmente, mas não esquece... daí o coitado que acha que controla a tal da mulher... ... ... )
Enfim, meus relacionamentos com o femininino nunca teve traumas.

Desde cedo, percebi que, ao encontrar-me com pessoas, não sei o que é isso... uma espécie de enjoo ou consideração... considerar quem não deve como sendo da família, logo: Toda vez que eu tive transa ... foi sempre pela primeira vez.
Nenhuma mulher que me pegou está por perto hoje. Primeira e última.
Não tenho o que falar sobre minhas aventuras sexuais, nem nenhum amigo meu me pegou falando que já tracei fulana...
Considerado o virgem e celibatário em todos os grupos por isso. Eu era o cara que "não falava de mulher", (não é supresa... Pra o homem, falar de mulher, envolve obrigatoriamente sexo. Amizade, nem morrendo).
Toda mulher que esperou de eu uma cantada, ta esperando até hoje. Era daqueles que chegava, alugava, mas... é só amizade, nada mais... se quiser algo mais... é só falar... não vou transar como se fosse uma obrigação ou arrumar uma camuflagem pra isso.
Sempre assim. Se mulher sobe comigo na roda gigante, não a toco... segue uma tentativa de papo sobre um assunto qualquer... nada mais (já meu deu dores de cabeça isso.... mas não me arrependi do que fiz...)

Solitário (grande contradição mundana, um ser acompanhado, é necessário ta pegando todas as ... que ver)... e assim chego ao mundo adulto... o pau grande e grandes conquistas materiais... e eu com minha chinela havaina comprada fiado no bar do seo zé...

Vem a crise... (ah sim, não admito relacionamento homossexual... não é coisa de religião ou o que quer que seja, apenas uma tendência minha mesmo... respeito meus amigos boiólas, amigas lésbicas (interessante, sempre tive bons relacionamentos nessa área), mas... só penso em sexo homem (ou o que se pense que isso seja) e mulher).
Vem a crise...
E eu só pensava em pornografia... um tesão do caráio... o dia todo... Inda bem que nunca pensei em pegar mulher na marra.
Há momentos até hoje, que a bipolaridade dá isso pra nós. Alguns bipolares não reconhecem limites (pra não dizer todos)... sexo a qualquer hora e com qualquer um...
Nesse tesão do caráio, sem saber de onde vinha isso... e sem pau pronto pra coisa (não sei... mas pelo que percebi, o pau de alguns que tem vida sexual ativa é mais bonito... mas rijo, mais preparado... pau meu, mole... parecia de criança... pequeno... (loucura e pau pequeno, entendo porque diachos o satanás se rebelou agora; eu ainda chego la e acho esse deus da sacanagem), inexperiente...
resolvi sair da toca....
Foi aí que... me arrumei com amigas... (uma em específico),,, não parava a agonia... o tesão só aumentava, como meu relacionamento era com amantes, ficava pior... ficava sempre a sensação que tinha feito algo pecaminoso... além do mais... é terrível pra mim transar, levantar da cama e sair na...
mais terrível ainda transar feito um animal (como ocorre hoje, na maioria das vezes; satisfação de um impulso, algo como a cachaça ou uso de drogas)...

Quando ainda criança de 10 anos, meu guia era o kama sutra (me refiro a poesia, não às imagens)... então o meu lado totalmente educado em relação a sexualidade, entrou em choque com a crise.
Só não me perverti porque sempre tive honestidade comigo mesmo e sempre procurei analisar de onde vinha as ideias que permeavam a minha mente, também sempre tentei mantê-las sob um controle... — Há isso na minha área de atuação. Um professor tem acesso às intimidades de suas estudantes, pode se aproveitar disso. Tem que ter um caráter muito bem formado pra resistir a esse tipo ideia inútil. Até hoje fico chocado com professor falando do modo de vestir de uma particular estudante.... — e... ainda por cima eu era adépto das ideias de...
WILHELM REICH
Esse nome foi fundamental pra que minhas taras não saissem da cabeça.
Já era assim criança, Reich me ajudou a cristalizar esse pensamento da satisfação sexual.
Pra ele, a saúde mental e social do ser depende de sua capacidade de satisfação sexual. Reich diria que o aprisionamento que os pais colocam aos seus filhos é a chamada neurose sexual.
Casal trépa, insatisfeito... vai tentar colocar suas frustrações reprimindo e cerceando a liberdade sexual de seus filhos.

Me considerei sexualmente são. Fantasias com estudantes nunca tive, mesmo sendo um tipo de professor que chega na sala e fica agarrado com uma boa parte delas (estranhamente durante as crises, eu não cheguei perto de ninguém), mesmo com o tesão do carái, tive a capacidade de me manter no meu trabalho olhando pra minhas estudantes de forma paterna, amiga...

Me misturava à bagunça, como um adolescente comum... e... creio que não tenho reclamações sobre isso... (se tivesse, já teria virado o escândalo, há muito tempo a sociedade quer crucificar o próximo judas da sociedade: o professor. O padre, já é comum. Quando crucificarem o professor, eis que já vai ser permitido que o padre fornique ou seja fornicado pelos seus irmãos de fé em pleno altar da igreja. Após isso, vai vir a vez de outros profissionais que trabalham com público (deixando assim o professor liberado pra dar e comer seus estudantes), até chegar a vez dos pais... vai haver mãe dando pra filho e lambendo a filha assim como vai haver pai chupando e metendo na filha, chupando, dando e traçando o filho. Óbvio que isso vai ser num futuro bem distante, afinal, a sociedade hoje é perfeita. Não há pais fazendo isso, nem levando suas filhas à prostituição).
Tenho o orgulho de ser um professor liberal... E sem julgamentos sobre o que um estudante usa ou deixa de usar (mas a tatuagem rente a bucêta... dai-me paciência...). Creio que isso vem da minha perfeita educação sexual que eu me impus quando adolescente e criança.
Isso me ajudou a segurar e compreender os meus impulsos e me evitou muito a não me envolver em perverções (faz umas duas semanas, mulecada na escola perguntando se eu era virgem :D).

Quando me descobri bipolar ... e... quando pensei em traçar o que iria tentar seguir pra me colocar em sintonia com o social... Infelizmente eu decidi: Vida Sexual Ativa (oh meu Deus... meu são Raimundo Nonato, minha Virgem Glória, Santa Maria.... ).
E como vou começar isso?? De mulher eu entendo muito, só que pelos seus defeitos, costume da escola e vivência no trabalho e amizade, lugar onde as mulheres não se preocupam em esconder seus defeitos.
Além do mais, me recuso a olhar pra uma mulher como objeto puramente sexual (e era assim que eu deveria olhar, mesmo que por pouco tempo, mesmo que sendo uma das coisas mais hediondas que já fiz).
Algumas coisas em mim já estavam mortas, ou adormecidas:
• O encanto pessoal, charme... Claro, sou uma figura que impressiona, mas não pelo lado sexual... Dificilmente vou achar mulher fantasiando sexo comigo... Normalmente sou o conselheiro, amigo... Nunca amante.
• Pesando 63kg em 1,76m de altura, eu era um jaburú. Um vara-pau... mais feio que a .... visual de mendigo... Pior, durante a crise... não tomava banho, não me visto bem... meus conhecimentos sobre sexo, pra falar são puramente literários... ou seja, consigo escrever um livro, mas não consigo apelar pra uma mulher.
• Mesmo passando por essas etapas, a da cama... não há coisa pior que um pau flácido, pequeno, inexperiente... Machuca a mulher, cansa-a, não dá tesão... cara sabe que não ta fazendo direito, também se cansa e quer bater na mulher ou sente vergonha dela...
E o diacho é que essas coisas não se aprende lendo... — Partindo pra prática, tive que me basear nos meus sentimentos, o que eu queria, caso fosse mulher, numa transa com um aloprado que aparece me queixando na bruta e me fodendo sem eu me dar conta da besteira que tava fazendo —. Eu já me imaginava num porre disgramado, festa, aparece um debilóide, pose de inteleca... eu tô la... quero conhecer gente nova... alguém meio romântico... não precisa me tratar como uma princesa, mas também não como uma puta... alguém que me coloque de quatro com calma, eu nem percebo que tô de quatro... Beijo-lhe o pescoço... e percebo um volume saltando do jeans... Gosto disso... o que será que ele ta pensando, se eu me penso mulher... não quero ser a arrasa quarteirão, mas eu quero que alguém me veja e queira me foder...
Porque a mulher arrasa quarteirão, tem-se a impressão que vai ser a eterna boneca que vai parar o trânsito, sou uma mulher que sei que o tempo passa e logo, logo, outra vai ta parada la no trânsito parando-o, e, eu já perceberei que não vou parar mais ninguém,,, eterna beleza na torre de marfim... esperando o príncipe num mundo onde viraram bixo-do-mato...
De quatro ele me bomba levemente. Pego-lhe pelo pau e conduzo-o à minha brecha... e recebo o solavanco... parece que ele ta com vergonha... o solavanco se repete e o outro já me coloca a minha cabeça no espelho da cama... grito e peço frango assado... nessa posição, o pau bruto não vai entrar até o talo... sou daquelas que gosto de algumas coisas com uma certa dose... nada entrando até o fim,,,, apenas o suficiente... homem tímido, mete tudo com força como se quisesse acabar logo com isso...
Vários solavancos e se fosse experiente, logo eu me entregaria... e a timidez viraria selvageria... unhas nas costas, puxões de cabelos... e, talvez, gritos, gemidos... sabe,,,, sou daquelas que só gemo a quem realmente me dá o que eu quero... prazer...
Cabeça grande, sempre fui apaixonada pela glande grande... me deflora inicialmente a parte maior, justamente a mais sensível... só tocar la e o machão se entrega... e minha bucêta já úmida sentiria aquele arregaço leve e um leve afrouxar a medida que a cabeça ia passando conduzindo o talo mais fino... ... ... me sinto virgem e puta ao mesmo tempo...
esse tipo de pau na bucêta molhada me faz ouvir o som do entra e sai... os solavancos parecem que se suavizam... um pau inexperiente, mas um pau quente e gostoso... nada mal... talvez nos encontrássemos outra vez... talvez... mas há tantas festas por aí.

O caso é que, como bipolar... mesmo tendo aversão a homens na cama... Esse transtorno, no seu fluxo de ideias, me faz pensar em coisas que eu não creio serem minhas... vontade de tomar no cú, chupar bucêta e bater punheta... tudo isso se torna constante, junto com outras coisas...

Eu estava sexualmente, socialmente morto. Nenhuma baranga gostaria de algo comigo além de amizade... E eu senti que precisava meter em alguma coisa, ou eu iria acabar sendo metido.
Como é dificil se livrar dum estígma. Aqui onde eu moro, até puta não quer dar pra mim... Sou o eterno menino intelectual... gente séria... .. ... ...

A ginástica e alimentação me deram volume corporal... de repente, pessoas diziam que eu tava "diferente". Lembro aqui de um encontro... Eu que não ficava nú na frente de ninguém... (uma das amantes transava apenas tirando a parte debaixo da roupa,,, era legal... só que aquele deita-e-rola sem sentir o cotato da pele é estranho... sexo com o roçar dos órgãos genitais, após, um beijo de lábios gosto de chumbo ou papelão... mal hálito... acho que vou escrever isso num livro...), mulher reaparece (a única que teve a honra (ou não) de me "conhecer" duas vezes) e olha com muito assombro... só foi aí que percebi que eu já pesava 85kg, braços groços... peitos estufados... eu tava "um monstro"...
Vou ser sincero... Gostei mais da transa com esse corpo novo.. E se eu fosse mulher, não ia dá pra homem magro jamais... Macho pra mim tinha que ser alto, forte e bronzeado...
Com o corpo novo e mais o perfume e banho na saúna (após o banho, posso ser mordido onde quiser), é uma outra coisa...

Não gosto muito de escrever...
Vou resumir o que é que a lição sexual me deu:
— Passei a me "enturmar", passei a interagir, passei a tolerar (isso é o mais importante) o comportamento humano. Passei a tentar entender as pessoas, passei a olhar pros seus pontos de vistas (ainda que eu não concorde com nenhum)...
O tesão do caráio sumiu?
Sumil (como escreveu uma das minhas estudantes :D).
Acho que regulei, controlei toda essa energia sexual reprimida. Creio que isso resultaria em perversões... talvez... sei que eu saberia lidar com isso... a verdade é que essa energia reprimida é um perigo... há dúvidas, que, prefiro ficar sem saber o que aconteceria na minha vida de pervertido.

O pau funciona razoavelmente... Sei conduzir uma transa além da simples "meteção"... Se percebe que, no íntimo, a gente quer simplesmente amizade e uma dose certa de carinho.
O meter por meter... é mais animalesco... Infelizmente tive que recorrer a isso,,,, mas, o importante é que não perdi minha essência dentro de um espírito respeitador, compreensivo...

(já volto e continuo)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que quer que seja (ou sem assunto, ou o que quer que seja mesmo)

                                        Para quem você está carregando todos esses tijolos? Deus? É isso? Para Deus?
                                                     Escute aqui… Vou te dar algumas informações sobre Deus. Deus gosta de observar. Ele é um gozador. Pense. Ele dá instintos ao homem.
                                 Ele lhe dá esse extraordinário dom, e o que faz depois? Eu juro, para a própria        diversão… para a sua própria comédia cósmica particular. Ele cria regras contrárias…
 (John Milton adaptado em O Advogado do Diabo)





Como falado anteriormente... Descobri então o mal que me afligia.
Estava tudo explicado...

Sem entrar nos detalhes e acho que não interessa, resolvi, após uns dias sofrendo sem saber o que fazer, inventar uma terapia própria pra combater o mal. Desde o início eu já tava propenso a não usar as drogas, só tomei as pílulas porque eu comeria até merda, tal a confusão mental que eu tava no consultório médico.

Esperei as coisas se acalmarem, e, elas não se acalmaram, ... ... Ia pra geladeira tomar água, esquecia pra que era; voltava ... não me concentrava em nada, tampouco conseguia fazer algo, não lia, não escrevia, não arrumava o barraco, não tomava banho, não ... .... ... ... ...
Tive que ter muita calma, esperar e aceitar derrotas, tipo, me conformar em ser uma total inércia na vida. Ser uma bosta n'água (meu patrão falava assim, "você é um bosta n'água", óbvio que não falava pra mim, mas eu achava engraçado)... e... principalmente, me contentar em fazer algo que leva um minuto em 1 ano. Passar o ano como um fim de tarde de domingo... dias sem vida, sem ação, sem pensamento, total inércia...
Mas... aos poucos, meu pensamento iria tomar forma e eu iria me revoltar um dia... e esse dia não chegava, já tinha se ido 3 anos e nada... nada,,, nada...
todas as minhas células e átomos me diziam: Você é definitivamente, um bosta n'água! (coitada da água).
                                                            (***)

Em raríssimos momentos de lucidez, eu já havia planejado meu tratamento... Ele se basearia em:
— Exercícios físicos.
— Sexo.
— Sono.
— Alimentação.
— Meditação.
— Qualidade de vida.

Qualquer papagaio, pica-pau maduro, pomba ou rola sabe que, esses setores da vida, quem quer que melhore isso, vai se sentir bem do que quer que seja. E eu tava inventando a roda.

Na verdade, o tal do gênio normalmente é considerado louco por dizer aquilo que todo mundo sabe mas não tem coragem de dizer.
Primeira reação vem em forma de deboche (esse f... desse louco disse isso,,, por que diacho eu não fui dizer primeiro, tive que deixar um louco me ultrapassar??), daí vem o querer se apoderar da ideia, vem a inveja, a difamação...
É como dizer "te amo"... Piegas, besta, bobo, poucos tem coragem de dizer ... possivelmente uma palavra que salve... muitos se arrependem por tanto amor desperdiçado dentro de sí mesmo... Pra que? O caixão há de guardar (mal) esse amor todo preservado...
Então o gênio não tem medo de se expressar... Bobo ou não.

Por fim... Pra que serve a nossa educação, religião, moral... Se não podem fazer nada por nós??
Esses valores falhando, então tudo nesse mundo é perdido mesmo. Eu não iria deixar que toda a minha sabedoria, cultura... ... bla bla bla, tititi se reduzisse em uma pílula. "Tome seu remédinho e você ficará bonzinho". Isso nunca! Remédio de cú é rôla.
Eu iria seguir os passos que eu decidi, me tornar um anjo caído... Me transformar em humano. Estudar tudo que os humanos fazem e interpretar esse papel absurdo que é ser chamado de gente, normal, humano e pior...
Filho de Deus!
"É a maior piada de todas. Olhe, mas não toque. Toque, mas não prove. Prove, mas não engula. E, enquanto você pula de um pé para o outro, o que Ele faz? Ele fica se mijando de tanto rir! Ele é um sacana! Ele é um sádico! Ele é um patrão ausente!" (ainda John Milton citado em O Advogado do Diabo)

 Deus é um sacana.
E durante toda a minha vida eu teria que conviver com meu dilema, ser aquela personalidade que:
sempre sei, sempre posso, sempre quero, sempre sei quando, onde e o lugar, só que... Nunca faço!
Alguém com talentos enterrados, pra não serem usados nunca. E tudo isso graças a maldita biologia e genética, especialmente... ... ... ... vai la...  ... ... ... se entende porque diachos o diabo se revoltou no paraíso... ... ... ... ... e eu não gosto de ambos... ... ... ... ...

Me sentia uma perfeita boneca feita pra se fazer deboche. Gente banguela rindo de mim... de repente, todos que começavam a me falar... me pareciam que se gabavam de serem perfeitos... Perfeitos o caráio... Idólatras, ignorantes, alienados, medrosos, covardes... ... ... ...

Fui forçado a raciocinar, mesmo quando tinha certeza que eu não sabia o que tava raciocinando. Decidir, quando eu sabia que não tinha ideia pra decidir nada, a mente vazia, e o pior, não sabia se era eu ou a doença que tava falando, ela é como um espírito obsessor...
Nós nunca vamos escapar.
E a cada dia, por 1500 dias sem cumprir uma linha do que eu traçara, era forçado a achar que tava progredindo.
Dou graças a Deus não ter perdido o meu trampo. Certamente iria vir pra casa, chorar e morrer à míngua.

Nesse estado de paralisia em todos os sentidos... aos poucos fui notando que, mesmo sem cumprir, tinha começado a fazer algumas coisas, ainda que a 0,00000001% de cada coisa...

Bora aos detalhes nos próximos posts
:)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Onde Tudo Começou (ou o que quer que seja)

Esse ponto aqui eu vou editar e reeditar várias vezes.
Não consigo pensar como tudo começou, só sei que começou e não vai terminar. Indo pro céu ou inferno ou purgatório essa coisa vai me estar comigo eternamente.

Desde criança, sempre quieto, observador, inteligente demais, hábil com as palavras; era bom pra vender, não me enganava no troco, nunca tive problemas na escola, sempre cercado de boas amizades.
Vou crescendo, os livros (seres que me educaram), e mais livros. Poucas festas, baladas, fui adolescente sem drogas, sexo e rock n roll.
Estranho falar que meu primeiro copo foi aos 19 por aí. O segundo, já aos 25 anos.
Até palavrões, claro que eu conhecia palavrões, só que o meu falar era muito educado. Só vim falar em gíria e palavrões após os 16 anos. Até então, claro, se eu tô num jogo de futebol, impossível não falar filadaputa e porrameu.
Só que eu computo isso a um momento particular. Minha linguagem era educada demais.

A mente era voltada ao trabalho e aos estudos.

Nada anormal.
Adquiri fama de sábio, amigos sempre tinham bons papos comigo, só que...
Comecei a perceber que meu humor mudava muito, eu cresci e era criança ao mesmo tempo. Ria e chorava...
estranho, com tantas qualidades positivas, ainda era um adolescente que morava (moro) num barraco e nunca teve namoradas tampouco algo de valor, pelo menos um emprego considerado bom (era servente de pedreiro) ou uma bicicleta...

Amigos vinham, amigos iam... E eu continuava o mesmo.
Aos 16 percebi realmente que eu tinha momentos de desânimos... No trampo, sempre começava da melhor forma possível, mas a energia ia se esgotando, tudo ficava enjoado...
Na escola, tudo tava meio chato, o sistema escola já não era tão querido por mim, achava perda de tempo, preferia ler e estudar sozinho em casa...

Fico adulto, recatado e ainda na vida mesma. Financeiramente nenhuma novidade.
Fiquei famoso com minhas aulas de inglês. Aprendi sozinho em casa, me convidaram pra lecionar, saí da construção civil direto pra uma sala de aula.
De repente me vi cercado por crianças pulando de uma cadeira a outra...
O clima era ótimo, eu encarava o humor espontâneo da meninada. Nunca achava ruim as traquinagens, controlava a bagunça de forma magistral.
Me orgulhava de ser um professor que não chegava tentando impor respeito. Era capaz de lecionar ao mesmo tempo deixando todo mundo livre (isso me causou problemas, mas não vou me antecipar ainda).

E o tempo passa... Vem a faculdade, vem o concurso público, já havia um grupo de menos quotados que achavam que eu não regulava bem, só que esse grupo sempre vai me temer se eu entrar num concurso onde eles estão.
Viro professor, enfim. Concursado, com a faculdade, com muita capacidade de trabalho, com a vida ganha, só que...

Havia algum tempo que eu vinha dando problemas na escola. Nunca concordava com ninguém, me sentia rejeitado e sentia minhas ideias sem projeção nenhuma, parecia que era sempre ignorado (escola, doente ou não, é assim mesmo, infelizmente)...
de repente ninguém gostava de mim, até mesmo os estudantes não estavam mais gostando...

No ano de 2005, o rosto formigava... eu era capaz de ler a alma das pessoas, sentia toda angústia de todo mundo, via que em pequenas ações, iria desencadear um processo no elo da vida que ia dar em...
era capaz de produzir teses de doutorado olhando um jogo de futebol ou até mesmo jogando video game ou tetris...
tudo tinha muito significado pra mim...
E ninguém me entendia.

Óbvio que muitos admiravam capacidade de análise...
mas eu tava cada vez mais amargo e já não escondia meu pensamento de ninguém. Achava que pessoas não deveria ter máscaras, poderiam ser o que quisessem ser invés de ficarem humilhadas assumindo um papel bobo em nome do andar da charrete social... Ri-dí-cu-lo.
Não nasci pra interpretar, vou fazer o que me dé na telha e que o mundo seja feliz ou que se foda.

Com tanta putaria ouvida dos estudantes, eu não entendia o porquê de reprimí-los... eu incentivaria ou até mostraria esse lado ruim pra que eles vissem e sentissem onde um mal exemplo do pensamento levaria.
Na escola, sempre aparece as menininhas aliciadas. É fácil reconhecê-las, elas sempre vão aparecer do dia pra otro vestidas de forma diferente... Vão usar sempre o celular, sempre quem vai telefonar vai ser a avó, tio, tia, padastro, pai, mãe... ... ...
Dificil controlar essas mulecas porque elas se sentem vigiadas e eu, professor, sou representante legal dessa vigilância, eu sou o indesejado, o chato, o desmancha prazer. Eu sou o que não fôdo e nem deixo os outros foderem.

Até que enquanto eu sou o chato, tudo bem. O diacho é quando essas meninas aparecem após a primeira transa... Acham que sabem de tudo e eu não sei de nada.
Acham que podem tudo...
Ora justo eu, o pensador rebelde, aquele que diz viva e deixe viver... Eu tenho prazer em oferecer aos que me são caros o melhor de mim, que é minha sabedoria e conhecimento, experiência...
eu não nasci pra controlar ninguém, eu mostro o que é que há no mundo, analiso, se acreditarem em mim, tudo bem, se não tem cabeça pra acompanhar um raciocínio... azar... o mundo é e sempre foi de quem utiliza bem as informações que recebem...
Se vão pra vagabundagem, ótimo. Se não fosse a puta eu me mataria na punheta.
Desde quando esse mundo virou essa putaria das casas de esquemas e aliciamentos por adultos das mais variadas classes sociais, policiais, juizes, prefeitos, vereadores, professores, médicos, pais ...
Eu denuncio os males do mundo, não quer dizer que eu combata ou seja contra
se eu pego uma dessas menininhas servindo de objeto, não tenho nada a ver com isso.

Parece bonito, mas esse falar agressivo me custou muita confusão e maus entendidos... E eu encarava quem viesse... nunca gostei de autoridades, sou inimigo público, desrespeito o que quer que seja, sou contra o modismo, o sertanejo universitário, a tatuagem rente a bucêta, o piercing, o brinco e a literatura fajuta...
Como ja disse, tenho ojeriza a máscaras, o meu falar educado de criança mudou pra algo bem agressivo.
Eu falo porque pessoas precisam ouvir.
E não adianta vir a minha frente com mesuras, bajulações, conheço o pensamento de quem quer que seja e o que tenho pra fazer ou dizer, é agora e na cara.

Não preciso dizer que a fama de louco aumentou.

Associava 1000000 assuntos em um só. Tanto faz se era porco, estradas e chupada no pescoço. Eu pegava tudo e dava um jeito de unir tudo e dizer o que tinha a ver um com o outro...
Se me dessem uma poesia pra ler... ... ... ... .... ...

O dia passou a ser negro, me lembro que era por volta das oito da manhã quando eu senti o ar, fumaça, vento seco, e percebi a tristeza em tudo... e fiquei triste, triste a ponto de desejar a morte.
Eu só queria era morrer, tudo na vida ... não fiz nada até agora, pra que tanto talento??
E pedi a Deus que me tirasse desse mundo.

Tinha uma sonolência do caráio... Passava o fim de semana dormindo o dia todo. Some o professor que estava sempre no serviço meia hora antes e aparece o professor com nojo de escola e estudantes. Aquele que aparece sempre hora depois ou nem aparece "só piso numa sala-de-aula se eu quiser, ninguém me obriga; se não quero, não sei pra que aparecer aqui"

Eu já havia tido muitos momentos ruins, mas era a primeira vez na vida que eu queria morrer. Isso era novidade pra mim.
Passo a não planejar aula (nunca fui bom nisso mesmo), improvisava sempre (pra que estudar? eu sou a própria sabedoria (e sou mesmo)... )))
E passei a não fazer diários nem nada. Passei a não estudar mais. Não conseguia me concentrar em nada.  A mente flutuava, um fluxo de pensamentos, intensos a ponto de eu ver materializado o que pensava, durante a noite o troço não parava, eu já não sonhava mais, o sono não me descansava (aliás, detesto dormir, perda de tempo)
acordava mais cansado do que antes...

Compulsão pra bebida... O que me salvou é que o corpo novo pro álcool, fazia com que eu moderasse a bebida naturalmente. Não aguento duas latas de cervejas, já fico porre e sou obrigado a parar.
E... sempre e sempre gosto de me controlar... quero dizer, nunca faço nada por impulso momentãneo...
Quando eu sentia a vontade imperiosa de beber, eu não bebia.
Mesmo assim, a quantidade de álcool aumentou pra quem não tinha o hábito da bebida.
Pensei em ter um bar em casa, beber era uma Arte ... ;;;;;

Planos e planos pro além e a grana não dava pra nada e eu tava triste e querendo morrer...
única coisa que me deixava vivo era o jogo de xadrez, desse eu nunca enjoei.

Pensei em arrumar uma companhia, amigos meus dizia "tu ta assim porque tu não fóde. Arruma mulher, cara...
cara tu ta assim porque tu não vai em festas, tu ficou doido de tanto estudar, vai numa festa e bebe uma cachaça...
cara, arruma uma mulher que isso passa
cara... "

Tesão do caráio. Antes eu não fazia sexo, agora só pensava em pornografia... Uma tara do caráio...
Nisso também fui feliz, nunca olhei pra uma estudante com lascívia, ninguém nunca me ouviu comentar sobre uma estudante em particular, a não ser o "elas são bonitas", até hoje digo isso com respeito, a juventude é bonita.
É nesse sentido que eu tô olhando pras meninas da escola. Meninos entram nisso também.
É sempre bonito ver o sorriso do pessoal novo...
mas eu era o tarado... só pensava em fudê. E quando começava não parava mais... ou pior.. mulher chegava e eu já não queria mais nada, quando saía, o tesão voltava...
Era esse eterno irregular em tudo.

Saí de uma escola pra outra, expliquei o que tava passando... até então, problemas psiquiátricos pra mim era friscura, falta de pau na rôsca, taca no rabo...
Alguém na escola que já tinha passado por isso, graças a Deus, levou a sério... e me sugeriu que eu consultasse uma psicóloga.

Já havia me consultado com a psicóloga durante as férias, só que eu julgava que iria trabalhar normalmente... Nesse dia, voltando, expliquei que eu tava pior... ela me conduziu à perícia médica...
"pede uma folga, isso é cansaço, dá um tempo" (todo professor sonha com essa folga, por isso, nem discuti)
Na perícia: "Tu tem que arrumar um psiquiatra, toma um mês de licença pra você me arrumar um"
O psiquiatra: "Então, raimundo, qual o problema?" &¨¨%$###@@#!!!!!!######      ***&%%$$## ... .....
e deixei a minha lata de cerveja no piso quando saí...
Em 10 minutos o doutor tava branco, arrepiado... "claro, faça isso, você vai precisar sim, claro, claro.."
"olha,,, faça esses exames, tome esses medicamentos aqui e você vai ficar bem (era lítio, seroquel e não lembro o outro), faça um exame de dosagem de lítio... tem que tomar logo esse remédio porque o exame tem que esperar 20 dias... "
Nem perguntei o que eu tinha. Recebi 2 meses de afastamento...

— E aí, como é que você ta??
— Tô ótimo doutor... só que não me dei bem com esses remédios não. Senti agonia, sentava dava vontade de levantar, levantava, dava vontade de sentar... agonia...
— Então vamos mudar a dose...
Expliquei que eu tinha bebido álcool pra cortar a dose da medicação, a agonia com um me fez parar e experimentar todos alternadamente pra saber qual me dava agonia...

                                        (***)
"Tô ótimo doutor (tava uma pôrra)... já posso voltar ao trampo. Eu sempre disse que esse negoço de problema mental, depressão é friscura... volto ao trampo, meu habitat natural...."
"Você ainda não tá pronto não, mas eu vou te dar um desvio de função... você volta à escola, mas sem trabalhar em sala de aula"
                                                    (***)

— Aliás... doutor, qual é o problema que eu tenho??
— Raimundo, eu suspeito que você seja bipolar (veio na cabeça a imagem de uma antena parabólica) (nem pensei em perguntar o que diacho era isso... a mente já tava a mil por hora... não sei, não olhei pro doutor pra saber se ele percebeu que tinha dito uma grande besteira)
                                                  (***)
Google... [type]bipolar[type]... dr. ivon cury (um merda)... orkut ... ... ... (e eu me perguntava por que será que eu nunca conseguia começar um serviço e terminá-lo) ... ... putakiparíu...
Passei o dia todo, noite, mais de ano lendo tudo que eu via sobre... via os depoimentos... vi todas as informações possíveis... até a que mais me chocou....
O transtorno não tem cura.

Sem forças... nem cabeça pra ler tinha... mais ainda consegui pensar: Remédio de cú é rôla... eu juro que vou vencer essa doença e sem medicamentos.

E assim eu tô  por aqui hoje postando.
No mês de abril começou a minha jornada, desde que procurei a psicóloga e fui a perícia médica. Fazem 5 anos...
Duas copas do mundo... E eu ainda sigo em desvio de função na escola...
Muita água rolou de lá pra cá. E cá tô sem medicação e me considerando perfeitamente estabilizado (só que ninguém me chame pra acordar cedo)
2:41 da manhã e eu decido escrever aqui de repente. A bipolaridade ainda me influencia bastante...
não sei quem sou, se o que escrevi aqui fui eu ou a bipolaridade...

A verdade é que eu jurei controlar esse troço e tô conseguindo.

Nesse blog eu vou preencher as lacunas nos próximos posts que ficaram faltando...
tomara que eu consiga colocar aqui o que é viver com essa doença sem usar medicação. Como o médico me despachou e como eu consegui, por milagre, achar um médico que achou que eu iria me controlar...

Império da Noite (ou eterna madrugada)

Em dois momentos distintos percebi que nasci pra noite (eu prefiro que vocês leiam meu blog curtindo o som you make it easy da banda AIR, link pro youtube pra música citada http://www.youtube.com/watch?v=LnoNQ-mg664 , o nome é air mesmo, canta shining blossom girl, a música me deixa meio na lua).
Vinha numa estrada no meio da mata, escuro, escuro, nem estrelas via.

Aliás, no meio da mata de árvores altas, a visão de estrelas é algo muito surreal, parece que nesse particular as estrelas tem mais vida e elas parecem mais próximas.
Só que nessa noite não havia estrelas, o farol da moto não ilumina a estrada, o turvo noturno denso demais, parecia uma parede que a luz fina cortava feito serra-laser a me impulsionar sempre a frente, numa gana de quem quer se livrar de um inferno.
A noite é densa.
Só que eu avançava sentindo que não saia da noite, adentrava. Ela me engolia, absovia a luz. Passando por pontes, escapei de quedas, um sentimendo de muita euforia se apoderou de mim. De repente percebi que eu podia tocar o breu.
O manto negro me envolvia, percebi que eu gostava daquilo. Era algo frio, mas o mais importante é que era penetrável com muita dificuldade, assim penetrado, o breu noturno te envolvia a ponto de você não sentir mais medo, você sentia muita segurança de ter sido absorvido pela escuridão. Como se ela te protegesse, como se ela preservasse a sua intimidade de pensamentos alheios.

Parecia que eu podia viajar por todos os lugares de repente. Sabe, na escuridão, nós percebemos pequenos pontos de luz, mesmo os mais distantes, na escuridão eu percebi que via mais longe.
Eu, a estrada, a mata, a escuridão e seus fantasmas aparecendo na nossa mente vazia de intelecto, cheia de crenças...

Correndo, percebi isso: Eu nasci pra noite.

Outro momento... Normalmente eu durmo durante o dia todo e varo a noite acordado.
Saí pra tomar uma birita (canjebrina), olha... tinha uma lua cheia coberta pela núvem, eu podia sentir o luar esmaecido pelas núvens negras...
Sentei, pedi a bebida enquanto conversava com um acompanhante... de movo que eu poderia ver a lua e as nuvens por trás de seus ombros...
nesse ponto eu pensei, sabe, você sabe que o dia destroi a noite / a noite divide o dia (break o through, The Doors, link pra música no youtube http://www.youtube.com/watch?v=6BIjCW2_Uik ), logo clarearia e eu dormiria...
Eu bem que gostaria que a vida fosse uma eterna madrugada semi-enluarada, eternamente fria como a madrugada e que eu pudesse eternamente beber a porta desse bar a observar a lua atrás das nuvens por trás dos ombros desse acompanhante...

Se a vida fosse assim, estaria bom pra mim.
Por isso que dei o título ao blog de Império da Noite... pois é nela que eu habito.

Primeira postagem (entra o transtorno)

Nem sei o que raios deu em mim de criar esse blog hoje, justo hoje.
Não tenho nada pra dizer e odeio escrever, mas eu preciso deixar algo escrito. Sabe, sou daqueles que sonham morrer um dia (tomara que seja verdade que a Morte existe) e que passa o dia todo imaginando o que é que vão falar de mim após eu ter ido.

Fico imaginando pessoas chegando me pegando já decomposto. Nossa!!! Ele era tão... (sabe la o que vão dizer de mim, nessa hora creio que não faz diferença)... daí vão mecher no meu PC, daí vão achar meu diário, daí vão achar meu videos pornôs, daí vão achar meus segredos, daí vão pensar isso, aquilooutro...
Só que aí eu tenho uma coisa pra ao menos direcionar o pensamento dos que vão pensar de mim após eu ter ido viver a outra vida:
Meu diário, meu blog e mais algumas coisas escritas nas quais colocarei o meu modo de pensar e ver o mundo. De fato, ninguém vai duvidar que quem escreveu aqui fui eu mesmo... Se duvidarem, não sei que direfença fará.

Bão, esse blog é especialmente dedicado a falar sobre o Transtorno Bipolar do Humor, espero que o que eu conseguir escrever aqui possa dialogar com quem tem esse transtorno, talvez ajudar a compreendê-lo, talvez perceber que há várias pessoas com esse transtorno e que é sempre possível conviver com ele.

Convivo com o TAB (Transtorno Bipolar do Humor, às vezes vou tratá-lo aqui como BIP, nome carinhoso) sem medicações. Tenho a liberdade de tomar minha cachaça sem me preocupar se o efeito da medicação ta sendo cortado.
Tenho algumas outras liberdades... mas... nem tenho criatividade pra falar disso agora.

Intão, tomara que quem ler isso daqui ache que eu seja útil assim como, na época que eu tava desesperado procurando ajuda na net, achei vários anjos divinos (ou não) que tem a coragem de relatar suas vidas em blogs, orkut e outras parafernalhas que é a tal da rede de comunicação na internet.
Essas pessoas me salvaram a vida e me ajudaram compreender o Transtorno em tempo recorde, jamais um psicólogo ou quem quer que seja teria essa capacida.

Ainda acho que só nós temos a capacidade de nos entender (ou não).